Ainda em 2002 (nossa, como aconteceram coisas nesse ano), conheci uma bela flor do Colégio que era alta e esbelta, como um Copo de Leite. Seria uma garota sensacional, não fosse seu demasiado nariz empinado.

A conheci por um amigo meu, por quem ela ultra apaixonada. Mas meu amigo fugia dela como diabo da cruz. Eu, particularmente, não reparava muito nela até mesmo porque não queria encrenca com meu amigo, vai que ele ficasse p... da vida.

Certa feita saí mais cedo da aula (estudava de noite) e fiquei de bobeira na frente da lanchonete, onde peguei um salgado e fiquei pensando em que fazer, com preguiça de ir para a casa. Nisso, eis que ela me aparece e fica ali, perto de mim, dá um oi e meio que não fala nada. Sem bem entender o porque, pensei que talvez ela quisesse que eu tomasse alguma atitude de conversar com ela ou coisa do tipo, pois não tinha ninguém perto dela naquele momento a não ser eu.

Apesar do jeito esnobe, copo de leite foi interagindo com minha conversa sobre as aulas. Dei uns minutinhos e disse que estava indo embora, ela disse que também ia (???). Senti nessa hora que ela queria alguma coisa além de bater papo.

Aprendendo as lições da vida de Zeca, quando cheguei perto da esquina em que nos separaríamos, parei na frente dela e perguntei o que ela faria se eu desse um passo em sua direção. A marotinha sorriu, disse que não entendeu o que eu estava falando. Com as pernas tremendo, coração batendo rápido, e respiração tensa, dei um passo em sua direção. Ela recuou, e sorriu. Perguntei de novo: "se eu der mais um passo?". A marota sorriu de novo, e novamente recuou, mas um pouco menos. Ela queria jogar.

Na dúvida, decidi arriscar uma brincadeirinha, arriscar desencanar no meio do jogo. Sorri preparei para dar meia volta e disse: "tudo bem". Ao lentamente ir virando, ela ameaça dar um passo e aí eu paro, olho para ela. E arrisco meter a cara no beijo.

Ela me dá um empurrão, como se fizesse uma rejeição, mas com um sorriso. Aí não tive dúvida de que era preciso "dançar" aquela música. Disse que precisava ir, e qual não foi a surpresa ao ser puxado? Confesso, naquele dia peguei uma raiva desses joguinhos de empurrar e puxar.



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