Todo floreiro encontra em algum lugar um tipo de flor que é raro, aquela que lhe nunca lhe passa sem chamar a atenção. Há quem diga que isso se chama amor, todavia é algo difícil de explicar em palavras rabiscadas em um quadro.

"A mais bela flor", é assim que poderia chamar aquela que é rara, que é única. É algo como a conversa da raposa do pequeno príncipe: "Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessiddade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo".

Isso é belo, é raro, é unico, embora há quem diga que seja "viadagem". Todavia é preciso ter claro que esse sentimento é incoercível perante essas rotulações vazias. O fato de alguém ter ternura não faz dessa pessoa alguém fraco, na verdade, digo até o contrário: que negar seu sentimento perante a flor mais bela é a real fraqueza, é a negação de si mesmo, da própria identidade. Mas é compreensivel que tenhamos de fazê-lo muitas vezes contra nossa vontade, há muitos fatores externos que muitas vezes nos pressionam à  negação.

Nessa série inicio a reflexão que mais entra como um "chute no saco" dos floreiros, seja ele ou não um Zeca, a questão das flores que não envelhecem...